segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Livro de Eli


 Cuidado, se não viu o filme não leia, veja o filme e depois volte aqui!

Sabe aquela sensação no final do filme, que te faz relembrar a história do começou ao fim para ligar os pontos? Como em sexto sentido? Assim que descrevo “O Livro de Eli”.

O filme tem todos os pré-requisitos para se tornar cult, resta saber se o público irá torná-lo um, pois por melhor que seja e por mais potencial que exista. Estou esperando uma continuação!!! Pois bem, vamos a história.


Estamos em um futuro pós-apocalíptico onde a Terra fora devastada e restam poucos por aí para contar história. Ok, até aí existem varios filmes com esse enredo, de Mad Max a Matrix. E o que torna o Livro de Eli diferente? 

Primeiro temos Denzel Washington, no papel de Eli, está perambulando há 30 anos, vendo dia após dia desolação e anarquia. O cenário por onde passa mostra a devastação possivelmente causada por uma guerra. Não existem meios de comunicação, locomoção precária, canibalismos e água potável vale ouro. Aliás, não existe moeda. Voltamos ao tempo do escambo e para conseguir algo, só na base da troca. Qualquer coisa pode ter seu valor.

Porém ao encontrar um vilarejo ao melhor estilo “velho oeste”, Eli descobre algo que possui algo muito valioso: um livro. Pausa para breve análise: poucas pessoas sabem ler neste futuro, afinal são 30 anos pós devastação e já existe um geração rodando por aí. Portanto para aqueles que sobreviveram ao holocausto e continuam vivos após este tempo todo, a leitura é algo poderoso.

Na vila “faroeste bandido” encontramos os elementos principais do western: terra de ninguém, um bando de brigões, um boteco sujo e alguém que faça sua própria lei, no caso, Carnegie. O chefão do pedaço está em busca de algo muito valioso e que dará muito poder ao seu detentor: um livro.

É algo muito mais poderoso. Ele traz consigo a última edição da Bíblia Sagrada.

Este é ponto que faz a maior diferença dentre qualquer outro filme do gênero. A história não se preocupa em contar o que se passou até ali. O importante é como será o futuro. Você se encarrega de presumir o resto. 

Tratar a Bíblia Sagrada como objeto de poder pode não ser o melhor foco, mas sim o uso de sua palavra. Existem os críticos radicais que podem apontar como influenciador ou tendencioso, mas o certo é que se trocarmos por outra escritura sagrada importante, como o Alcorão, o efeito é o mesmo.
Dentre as várias referências históricas que são possíveis de se detectar, uma delas me chamou a atenção. 

A Bíblia foi o primeiro livro impresso por Gutemberg. Sabendo disso, preste atenção ao final do filme.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Insubstituível


Na sala de reunião de uma empresa multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráfico e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível". A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.
Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim.
-E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio...
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Renato Russo? Pelé? Albert Einstein? Picasso?
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus 'erros/ deficiências’... Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico.
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder/técnico, que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados, apenas peças.
Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:... Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível".
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único com toda certeza ninguém te substituirá! "Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso”.
"No mundo sempre existirão pessoas que vão te amar pelo que você é..., e outras..., que vão te odiar pelo mesmo motivo..., acostume-se a isso..., com muita paz de espírito...".

Autor: Desconhecido.

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