Cuidado, se não viu o filme não leia, veja o filme e depois volte aqui!
Sabe aquela sensação no final do filme, que te faz relembrar a
história do começou ao fim para ligar os pontos? Como em sexto sentido? Assim que descrevo “O
Livro de Eli”.
O filme tem todos os pré-requisitos para se tornar cult, resta saber se o público irá torná-lo um, pois por melhor que seja e por mais potencial que exista. Estou esperando uma continuação!!! Pois bem, vamos a história.
O filme tem todos os pré-requisitos para se tornar cult, resta saber se o público irá torná-lo um, pois por melhor que seja e por mais potencial que exista. Estou esperando uma continuação!!! Pois bem, vamos a história.
Estamos em um futuro pós-apocalíptico onde a Terra fora devastada e
restam poucos por aí para contar história. Ok, até aí existem varios filmes com esse enredo, de Mad Max a Matrix. E o que torna o Livro de Eli diferente?
Primeiro temos Denzel Washington, no papel de Eli, está perambulando há 30 anos,
vendo dia após dia desolação e anarquia. O cenário por onde passa
mostra a devastação possivelmente causada por uma guerra. Não existem
meios de comunicação, locomoção precária, canibalismos e água potável
vale ouro. Aliás, não existe moeda. Voltamos ao tempo do escambo e para conseguir algo, só na
base da troca. Qualquer coisa pode ter seu valor.
Porém ao encontrar um vilarejo ao melhor estilo “velho oeste”, Eli descobre algo que possui algo muito valioso: um livro.
Pausa para breve análise: poucas pessoas sabem ler neste futuro, afinal
são 30 anos pós devastação e já existe um geração rodando por aí.
Portanto para aqueles que sobreviveram ao holocausto e continuam vivos
após este tempo todo, a leitura é algo poderoso.
Na vila “faroeste bandido” encontramos os elementos principais do western: terra de ninguém, um bando de brigões, um boteco sujo e alguém que faça sua própria lei, no caso, Carnegie. O chefão do pedaço está em busca de algo muito valioso e que dará muito poder ao seu detentor: um livro.
É algo muito mais poderoso. Ele traz consigo a última edição da Bíblia Sagrada.
Este é ponto que faz a maior diferença dentre qualquer outro filme do
gênero. A história não se preocupa em contar o que se passou até ali. O
importante é como será o futuro. Você se encarrega de presumir o resto.
Tratar a Bíblia Sagrada como objeto de poder pode não ser o melhor
foco, mas sim o uso de sua palavra. Existem os críticos radicais que
podem apontar como influenciador ou tendencioso, mas o certo é que se
trocarmos por outra escritura sagrada importante, como o Alcorão, o efeito é o mesmo.
Dentre as várias referências históricas que são possíveis de se
detectar, uma delas me chamou a atenção.
A Bíblia foi o primeiro livro
impresso por Gutemberg. Sabendo disso, preste atenção ao final do filme.