quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Meu caro Doutor


Há um bom tempo me deparei com uma situação inusitada. Estava eu conversando com dois médicos, estávamos em uma Universidade,  em um ambienteacadêmico. Dirigia a palavra a um como doutor fulano, no qual tinha doutorado, e ao outro simplesmente pelo seu nome. O outro, irritado por não chama-lo de doutor, me cortou em uma frase perguntando o porquê de não usar doc. Eu, sem pensar, pedi desculpas e perguntei onde ele tinha feito o doutorado. Ele respondeu que não tinha feito mestrado ou doutorado, mas era doc por ser nedico, ficou um clima estranho no ar.
                Pois bem, pensando nisso conclui: doutor é quem tem doutorado. Uma coisa que me incomoda é essa história de chamar médicos, advogados e associados de doutores. E desde quando graduados são doutores? Não me venha querer que eu chame gente que só fez ler apostila de faculdade de doutor.
Esse é o cúmulo da falta de bom senso. Aí tem gente que argumenta: não, mas quantos anos um médico estuda? Seis! E ainda faz residência! Por isso eles são doutores. Existe uma diferença entre um doutor e um não doutor, que você aparenta desconhecer. É simples: um doutor produz conhecimento, enquanto médicos e advogados apenas apreendem. É uma senhora diferença.
                Lembro até da época onde todos os professores eram mestres, mesmo sem mestrado, ainda bem que isso passou.
                Médico só é doutor se tiver doutorado. Por que ele seria diferente de um graduado em História, Letras, Filosofia? Os médicos ainda têm a desculpa de que estudaram por mais tempo, mas e os advogados? Nem isso. Apenas acham que são doutores porque, ora, quem tem muito dinheiro é doutor, não é?
                Não acho que devemos agora reverenciar pessoas que fizeram tese, ou chamá-los de doutores. Entretanto, é preciso lembrar que eles sim são doutores, e o são porque defenderam uma tese.
O título de doutor, pelo menos no caso dos médicos, é um costume com origens na antiga formação médica. Não saberia precisar exatamente, mas parece que até mais ou menos um século atrás os médicos precisavam apresentar uma 'tese' para concluir o ensino superior. O conhecimento daquela época - exíguo comparado ao que se acumulou até agora – talvez dessa margem maior para a criação do conhecimento.
                Por fim, acho bem difícil discutir essa questão de costumes. Eu não vejo o porquê de chamar médicos apenas graduados de doutores, entretanto acabo me referindo a eles dessa maneira por força do hábito. Agora, sem dúvida, recusar-se a chamar de doutor a quem não tem doutorado é uma atividade contestadora de hierarquias - e isso é bom.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Medo do apocalipse perante o imaginário cinematográfico. Parte 1

A condição do Homem contemporâneo – individualismo e perda de sentido de comunidade. 

Perante a descrição deste cenário de individualismo, absentismo e conformismo, colocam-se, então, uma questão essencial: como o homem contemporâneo imagina a condição humana na sociedade do futuro? Expressões como “surto da apatia de massa”, “indiferença pós-moderna” e “deserção social” ou “cidadania mutilada” e “individualismo exacerbado”, são nos propostos para caracterizar a condição humana contemporânea. 

Como isso é relacionado com a sétima arte? A cultura e sociedade contemporâneas revelam o cinema como imaginário e revelador social. A proposta metodológica do fisósofo Edgar Morin (1956) para a compreensão da realidade imaginária do cinema e do homem constitui-se em dois princípios fundamentais: mais do que estudar o cinema à luz da antropologia, mais do que perceber a distinção entre real e imaginário, é essencial perceber a confusão entre estas duas dimensões, a sua unidade complexa e a sua complementaridade. Deste modo, parece relevante estudar a resposta que o cenário cinematográfico tem dado à questão colocada sobre a forma como o homem imagina a condição humana na sociedade do futuro. 

 A análise do cinema revela as tendências implícitas da sociedade que o produz. O cinema evolui com o gosto e análise da sociedade, em algumas épocas filmes de velho-oste e musicais eram comuns. Observa-se, na contemporaneidade, uma crescente tensão provocada pela idéia de que o mundo “vai mal” e de que a humanidade é responsável pelos flagelos que a atormentam, como a falta de reciclagem, destruição do planeta e perda da relação com a natureza em grandes cidades. 

 Existe uma sensação que a sociedade deve sofrer um castigo bíblico do tipo “juízo final” como pagamento de suas dividas com o meio-ambiente, existe também o sentimento de tecno-fobia, a que somos cada vez mais dependentes da tecnologia para viver, resultante do acelerado desenvolvimento tecnológico no século XX e da conseqüente incerteza sobre o domínio do homem sobre a máquina. 

Partindo do pressuposto que o cinema nos revela o homem imaginário e comprovadas as suas qualidades de indicador sociológico parecem estar reunidas às condições essenciais para a análise de propostas contemporâneas sobre a condição do homem na sociedade do futuro.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

As águias.


A história universal do homem está, e sempre estará cercada por lendas e símbolos. Em vista das explicações científicas com relação aos homens ou animais, enquanto matéria, e aqui no caso a águia, (enquanto animal) em hipótese alguma, poderia passar pelo processo físico de autotransformação.
Desde a antiguidade figuras ou símbolos são usados como forma de representação e identificação: familiar ou tribal; regional ou nacional; ou mesmo individual. Simbologias naturais como o Sol, Lua, e animais sempre foram usadas por exemplo para comunicação e exemplificar deuses.
Aves falconiformes, como as chamadas Águias, estão presentes entre as mais antigas formas utilizadas.
                A águia pode ser vista simbolicamente como símbolo da força, da grandeza e da majestade, topo da cadeia alimentar.
A mitologia egípcia é rica em divindades em que figuras falconiformes são usadas para representá-las. Uma digna de destaque é Hórus: deus egípcio do céu, filho de Osíris com sua irmã Ísis. Tamanha importância teve entre os antigos que seu culto sobreviveu através dos tempos, assumindo diversas denominações. Simbolizava proteção, magnificência e poder real. O Olho de Hórus representava, também, indestrutibilidade: protegia e ajudava na hora do renascimento.
Foi muito usada em brasões de exércitos, figurando nos estandartes de Ciro, rei dos Persas, e, mais tarde, durante o segundo consulado de Mário, encimando as lanças que eram insígnias das legiões.
                Na simbologia cristã aparece como possível símbolo da ressurreição e o triunfo de Cristo e do cristianismo. Foi também o símbolo da alma humana, o símbolo das artes. Chama-se de águia o homem muito perspicaz, penetrante, que vê longe; superior em inteligência.
                Com o desenvolvimento da heráldica (ciência e à arte de descrever os brasões de armas de guerra) o uso destas alastrou-se, sendo vistas abundantemente em escudos: tanto na parte principal do campo para o assentamento de peças quanto nestas individualizadamente ou nos mais diversos ornamentos.
                Há mais de dois mil anos o Império Romano utilizava uma águia como símbolo e seus exércitos vestiam de vermelho. As legiões sempre eram guiadas pelo estandarte da águia e a moeda romana também a exibia.
                Séculos depois surgiu um novo império colossal: o Terceiro Reich. Em suas bandeiras usaram também muito o vermelho. Todo mundo sabe qual era o símbolo usado pelos nazistas. A águia.
Com a queda do Reich do Hitler, um novo império começou a usar a força em busca de poder. Novamente a águia mostrou o caminho. EUA, no qual a águia é seu símbolo de liberdade.
                Não poderíamos deixar de falar que dentro da Maçonaria, os usos dos símbolos da humanidade têm como objetivo ilustrar e transmitir os seus ensinamentos. "Dentro desses símbolos existe o da Águia que significa a habilidade dos seus condutores quanto ao manejo da Arte do uso para mostrar o caminho justo, reto ao seu obreiro”. A tradição mais recente da Maçonaria adotou-o como tal e ele sobrevive até nossos dias, aparecendo como o Olho da Providência no Grande selo dos Estados Unidos da América.
                O mundo não é tão simples como as pessoas desejariam que fosse. Quem simplesmente acredita no que os governadores genocidas dizem, não é muito esperto. Sendo uma cabra, ir perguntar ao lobo se ele é mau, não é usar a cabeça. A resposta dele vai ser uma só; mas ele vai continuar sendo mau. O bom é que a verdade está pra quem quiser ver.
                Aos poucos, durante milhares de anos, as altas esferas da sociedade foram sendo infestadas com pessoas, que formaram sociedades secretas que controlam o mundo. Antes de dizer que não é verdade, as pessoas deveriam investigar um pouco, ao invés de só dizer "amém" ao que os políticos dizem.
                Acredito, que depois deste texto, você leitor, ao ver o símbolo da águia, analisará de um jeito diferente a simbologia nela agregada.


the last of us horse analisy