segunda-feira, 15 de abril de 2013

As Aventuras de Pi


As Aventuras de Pi (Life of Pi ), dirigido por Ang Lee, conta a história de Pi (Suraj Sharma), que vê-se em um pequeno barco, acompanhado de um tigre, no meio do pacífico, após o navio no qual viajava com a família naufragar.  Os longos dias dos dois náufragos servem de pano de fundo para um mergulho não só no mar, em suas tormentas, seus tesouros, sua beleza, mas para que o espectador contemple em meio à vasta solidão do mar o aprofundamento do olhar de um homem sobre si mesmo.



Um filme que o tema falta originalidade, mas com ótima fotografia e é exuberante na beleza das imagens e forma que somos levados a perguntar se a beleza do filme é apenas reflexo do estilo do diretor ou se é essencial ao filme.

A primeira impressão que tive é do filme ser uma aventura, pela péssima tradução do título para português, por que não "A vida de Pi"? Acredito que se tivesse visto o filme no cinema iria ficar um pouco frustado pois são raros os filmes de drama que me prendem a atenção. Outra coisa que não gostei muito foi o início e fim do filme que é bem chato. Não fiquei bem convencido de qual era o objetivo da história, o quanto um drama de vida tende a ser filosófico.


O certo, a meu ver, é que a história não é uma simples narrativa, aliás, é mais de uma narrativa, pois Pi nos conta mais de uma história, tipico dos filmes com indianos... rsrsrs... mas vale a pena conferir... 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Elysium


Elysium é o segundo filme do diretor Neil Blomkamp. O primeiro foi o sucesso de baixo orçamento Distrito 9, de 2009. Elysium é o terceiro filme do ator Sharlto Copley. Os outros foram: Distrito 9 (2009) e Esquadrão Classe A.  Elysium marca a estreia do ator Wagner Moura em um filme estrangeiro e como vilão.
  • Lançamento
  • Dirigido por Neill Blomkamp
  • Com Matt Damon, Sharlto Copley, Jodie Foster
  • Nacionalidade EUA

Sinopse e detalhes


Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Professor e Estudante

 

Professor: Você é Judeu não é filho?
Estudante: Sim senhor
Professor: Então, vc acredita em Deus?
Estudante: Absolutamente senhor
Professor: Deus é bom?
Estudante: Claro que sim
Professor: Deus é o todo poderoso?
Estudante: Sim
Professor: Meu irmão morreu de câncer mesmo orando a Deus todos os dias para curar ele. A maioria de nós tentaria ajudar os que estão doentes. Más Deus não fez. Como pode Deus ser bom então? Hunn??
(Estudante ficou em silencio)
Professor: Vc não pode responder, pode? Vamos começar de novo meu jovem.
Deus é bom?
Estudante: Sim
Professor: Satanás é bom?
Estudante: Não
Professor: De onde Satanás se originou?
Estudante: De... Deus...
Professor: Vc está correto. Me diga filho, existe maldade no mundo?
Estudante: Sim
Professor: Se Deus criou tudo, então quem criou a maldade?
(Estudante não respondeu)
Professor: Existem doenças? Imoralidade? Ódio? Feiura? Todas essa coisas terríveis existem no mundo, não existem?
Estudante: Sim senhor
Professor: Então quem as criou?
(Estudante não respondeu)
Professor: A ciência explica que temos cinco sentidos para identificar e observar o mundo a nossa volta. Me diga filho, alguma vez vc viu Deus?
Estudante: Não senhor.
Professor: Alguma vez vc sentiu o seu Deus? Sentiu o gosto? Cheirou? Alguma vez vc já teve alguma sensação de Deus nesse sentido?
Estudante: não senhor, eu temo que não.
Professor: E ainda assim vc continua acreditando nele?
Estudante: Sim
Professor: De acordo com perícia testável e Protocolo de demonstração, a ciência diz que seu Deus não existe. O que vc diz a respeito rapaz?
Estudante: Nada. Só tenho fé.
Professor: Claro, a fé. Esse é o problema da ciência tem que enfrentar...
Estudante: Professor, existe no mundo o calor?
Professor: Sim
Estudante: E também existe frio?
Professor: Sim
Estudante: Não senhor, não existe.
(a classe ficou silenciosa com essa mudança dos eventos)
Estudante: Senhor, vc pode ter muito calor, até mais calor, super calor, mega calor, calor branco, pouco calor e até calor nenhum. Más não existe nada chamado frio. Podemos alcançar 458 graus abaixo de zero que seria a total ausência de calor, más não podemos ir nada além disso. Não existe o Frio. Frio é apenas uma palavra que usamos para descrever a ausência total de calor. Não se pode medir o frio. Calor é energia. O frio não é o oposto do calor, apenas a ausência dele.
(Professor ficou em silêncio)
Estudante: E a escuridão professor? Existe a escuridão?
Professor: Sim. O que seria a noite se não existisse a escuridão?
Estudante: Vc está errado de novo senhor. Escuridão é a ausência de algo. Vc pode ter pouca luz, luz normal, luz brilhante, um flash. Más se vc não tiver luz constantemente vc não tem nada e isso é chamado escuridão, não é? Na verdade escuridão não existe, se existisse vc seria capaz de torna-la ainda mais escura, não poderia?
Professor: Más o que vc está tentando provar jovenzinho?
Estudante: Senhor, estou provando que sua filosofia é falsa.
Professor: Falsa? Pode me explicar como?
Estudante: O senhor está usando uma premissa de dualidade. Vc discute que existe vida e existe morte, um bom Deus e um mau Deus. Vc está vendo Deus com o conceito de uma coisa finita, algo que podemos medir. Senhor, a ciência não pode nem explicar o pensamento. Diz que usa eletricidade e eletromagnetismo, más nunca o viu e muito menos totalmente o entende. Para ver a morte como o oposto da vida tem que ser ignorante ao fato que a morte não pode existir como uma coisa substantiva.
A morte não é o oposto da vida e sim a ausência dela. Agora me diga professor, vc ensina aos seus alunos que o homem evoluiu do macaco?
Professor: Se vc está se referindo a teoria da evolução do homem, sim é claro que ensino.
Estudante: Alguma vez vc teve a oportunidade de observar a evolução com seus próprios olhos?
(professor balança a cabeça e sorri quando percebe aonde o argumento vai leva-lo)
Estudante: Desde que ninguém nunca observou o processo da evolução e não pode nem provar que ela é um processo continuo. Vc não está apenas ensinando a sua opinião senhor? E se ensina sua opinião vc não é mais cientista do que um padre. Certo senhor?
Estudante: Existe alguém aqui que tenha alguma vez escutado o cérebro do professor? Sentido? Tocado ou sentido cheiro? Parece que ninguém nunca o fez certo? Então de acordo com as regras lógicas de protocolo de demonstração a ciência diz que o senhor não tem cérebro. Então, com todo o respeito senhor, como podemos confiar em suas palestras?
Professor: Imagino que vc terá que aceita-las por fé meu jovem.
Estudante: É isso ai senhor!.. Exatamente!!! O link entre o homem e Deus é a mesma fé que mantém todas as coisas vivas e em movimento!!!
Compartilhem para aumentar o conhecimento sobre a fé
A propósito esse estudante era EINSTEIN.

Postado por Jewish College Night Parties
Tradução: Fred Litig

The Corleone Family Tree


Feitiço do Tempo


Feitiço do Tempo, obra lançada no distante ano de 1993, é uma dessas delícias que não são mais cozinhadas. Uma fábula travestida de comédia romântica (ou seria o contrário) que não se ancora apenas no talento de seu protagonista, preferindo cercar os atores com um roteiro divertido, inteligente e criativo.



Contando ainda com uma trilha sonora adorável (“I Got You Babe”, de Sonny Bono e Cher [uma comédia romântica com um dueto desse antigo casal chega a ser bastante irônica] se repetirá várias vezes em seu cérebro), Feitiço do Tempo é uma produção que, filmada no distante ano de 1993, causa inveja às produções atuais de mesmo gênero.


Sinopse: Um repórter que cobre o clima (Bill Murray) é enviado para uma pequena cidade para cobrir uma festa local. Isso acontece há anos, e ele não esconde sua frustração com tal serviço. Mas algo mágico acontece: os dias estão se repetindo, sempre que ele acorda no hotel é o mesmo dia da festa. Agora somente mudando seu caráter é que ele terá chance de seguir em frente na vida. Antes disso, claro, ele aproveita a situação a seu favor, mas logo descobre o amor com sua colega de trabalho, para quem sempre foi mal humorado.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

The Matrix - Denso e intrincado.

The Matrix - Denso e intrincado.

Matrix é grandioso! Denso e intrincado, é uma ótima história em ritmo de cinemão e expõe a nova e intrigante fronteira que não mais poderemos evitar: a questão do que é de fato a Realidade.

Com o advento da realidade virtual e realidade apliada, ultrapassamos o ponto de retorno e teremos agora que encarar mais esse desafio sobre as possibilidades da Psique.

Matrix é forte e seu conteúdo, tão rico que me frustra ter de escolher apenas um ângulo a comenntar.
Escolhi o ângulo da mitologia.




Mitos são como esqueletos da Psique, imprescindíveis à sua compreensão.
Em Matrix, reedita-se um velho tema que se repete desde nossos mais remotos e peludos antepassados: a jornada do herói, uma metáfora do processo de crescimento psicológico e auto-realização do ser humano.

O herói, nos mitos, somos cada um de nós, representados num personagem que geralmente precisa abandonar sua terra (a segurança de velhas certezas) e partir em busca de algo precioso (verdades mais úteis e abrangentes) ou enfrentar inimigos terríveis (encarar os próprios medos e bloqueios). Jornada difícil, e perigosa, que requer coragem, obstinação e honestidade. Mas o herói vence o desafio e retorna à sua terra, levando benfeitorias a seu povo e muitas vezes substituindo um velho rei doente ou injusto (renovação), tipo o clássico hobin hood.

Neo, o herói de Matrix, aventura-se numa realidade que parece sonho, partindo em busca de um mistério que pode enlouquecê-lo e até matá-lo. Ele se recusa a crer que possa ser o Predestinado de que fala a profecia e que mudará o mundo e despertará as pessoas. Essa dúvida faz com que o Oráculo consultado não o esclareça. Oráculos são meros instrumentos de auto-investigação psicológica onde podemos obter respostas sobre nós mesmos através de concentração e meditação. Até que nem tanto esotérico assim. A rigor ninguém precisaria de um oráculo pra saber sobre si. No entanto, o ritmo de vida atual nos afastou de nosso mundo interior e são exatamente o simbolismo e a ritualística dos oráculos que propiciam a interiorização. Na verdade quem responde à questão lançada somos nós mesmos, ou melhor, uma parte mais sábia de nós que não costumamos escutar no dia-a-dia. Se a resposta é obscura, é porque a pergunta também o foi. A pergunta certa já contém em si a resposta.

Neo consulta o Oráculo. Mas a idéia de ser o Predestinado o incomoda e ele obtém a resposta que deseja. Porém, atente: o Oráculo não diz em momento algum que ele não é o Predestinado. Diz apenas que ele ainda não está preparado. Preparado pra entender que de fato é. E quanto a isso, ninguém pode fazer nada, nem oráculos nem deuses nem ninguém.

A jornada pessoal de auto-realização nos mete em situações onde não confiamos em nosso potencial.


Acho que não podemos lembrar Smith, o agente, sempre lembra que ele é humano, chamando de Mr. Anderson, ironico?

Somos capazes de muitas coisas quando temos perfeita consciência de quem somos e do que podemos fazer. Porém chegar a essa autoconscientização é difícil. Conhecer verdadeiramente quem somos é luta armada, travada no campos da consciência e do inconsciente, guerra de toda uma vida onde cada auto-revelação representa uma importante batalha vencida. O verdadeiro conhecer-se dói pra danar porque implica necessariamente enfrentar o que se teme, tornar-se o que se evita ser, entrar no fogo dos piores medos. A recompensa é o mundo novo que a realização mais íntima nos traz.

No mundo de Matrix as pessoas estão adormecidas e sem senso crítico. Acreditam no que lhes é dado a crer. Nada muito diferente de nosso mundo atual, onde a massificação das idéias faz as pessoas perderem a noção de si mesmas, onde querem nos convencer que numa sociedade desonesta e violenta temos de ser mais violentos e desonestos que os outros. Difícil fugir desse círculo vicioso. Em Matrix, Neo sofre o diabo pra aprender que tudo que ele precisa é... mudar a visão que tem de si próprio, apenas isso. Não pense que é, saiba que é. A profecia diz que o Predestinado mudará o mundo e salvará a humanidade. Neo não pode acreditar que seja capaz disso tudo. Mas o segredo pra vitória do herói esconde a mais simples e a maior de todas as ironias: pra mudar o mundo, basta mudar a si mesmo. Transforme-se e tudo em volta se transformará - eis o segredo! Porque a aparente separação das coisas esconde a unicidade de tudo que existe. Talvez seja impossível dobrar uma colher com o pensamento. Mas se você sabe que a colher e você são a mesma coisa então, eureka!, basta dobrar a si mesmo.

O mito da jornada do herói nos ensina que o destino de cada um de nós é realizar o que verdadeiramente somos mas ainda não aceitamos. A aventura de Neo é a aventura de nós todos em busca de nossa essência mais legítima, aquela que enfim nos libertará. Até alcançá-la, a vida nos provará de muitos modos e conviveremos com dolorosas incertezas e auto-enganações. No entanto, indo do micro pro macro, a aventura de Neo é da humanidade inteira, em busca de sua sobrevivência como espécie. Num tempo de tecnologia idolatrada e valores essenciais esquecidos, corremos o risco de ver nossa própria criação voltar-se contra nós. Ante tal possibilidade, a única saída parece ser, ainda, seguir o que dizia, logo em sua entrada, o Oráculo de Delphos na Grécia Antiga e também o oráculo de Matrix: conhece-te a ti mesmo. A tecnologia não tem sentimento. Nós temos. Uma máquina não é capaz de amar. Nós somos. Essa diferença óbvia pode pesar bastante no roteiro do nosso filme.



Como Neo, somos predestinados a realizarmos a nós mesmos. Feito um Salvador, cada um de nós tem o poder de mudar o mundo. Mas é preciso antes mudar a forma como entendemos a nós próprios. Eis o segredo que se esconde por trás do filme Matrix e também de toda a vida. O segredo que de tão óbvio não se vê e que aguarda pacientemente por todos os predestinados.

the last of us horse analisy