terça-feira, 26 de outubro de 2021

Qualquer dia vou travar o Youtube....

Qualquer dia vou travar o Youtube.... é esse sentimento que tenho. Penso nisso porque meu perfil é uma salada de frutas, pesquiso de tudo; desde 'números complexos' à 'gatinhos v.s. pepinos', pesquiso sobre marcenaria e imóveis de luxo no RJ, pesquiso sobre Bethoveen à Chapolin Colorado. Acredito que o algoritmo do Youtube não consiga criar um perfil definitivo do meu usuário não. (Risos).

Quando abro o Youtube.com, parece que estou programa "Domingo Legal", aquele antigo programa do Gugu Liberato, lembra? Não tem nenhuma orientação de enredo. Começa com notícia da morte triste de comoção nacional (CLIMA TRISTE) ... aí, do nada, ia acordar um artista com cornetas (CLIMA FELIZ) de repente todo mundo parava para dançar a música do pintinho (CLIMA INFANTIL), de repente uma notícia de Extra Terrestre em Varginha (CLIMA MISTERIOSO), de repente uma bunda numa banheira (CLIMA SENSUAL), de repente Músicas do Morango do Nordeste do autor injustiçado (CLIMA JUSTIÇA). E tudo isso as vezes no mesmo dia (Risos). Meu YouTube.com é assim, não tenho vergonha de admitir isso, acredito que muitos são como eu, espero.

Imagine uma linha, como aquela linha do tempo das aulas de história, ou aquela linha dos números reais, lembra? Do lado direito os números positivos e do lado direto os números negativos.

Imagina essa linha com as seguintes informações: do lado direito os assuntos mais sérios como política, conteúdos acadêmicos, informações úteis e corretas... Agora do lado esquerdo as idiotices: vídeos 'ideias incríveis' que nunca são, gatinhos engraçados, Youtubes enchendo piscina de Slimes florescentes, etc. Aliás, aqueles indianos que fazem piscina cavando na terra, não sei onde fica. 

A questão é que me sinto cada hora indo para um lado dessa linha, sou mesmo uma metamorfose ambulante. Como diz minha prima, pago internet para isso.

O que me preocupa são as pessoas da extrema direita e da extrema esquerda (obs.: não estou falando de política, tá?). Porque essas pessoas são congeladas, ficam numa inércia moral e intelectual. OBS, não sei onde nessa linha está as fakenews, fica um assunto para um próximo texto...

Tem um filme de 2006, Idiocracy (Idiocracia), que lembrei esses dias. O filme não foi bem recebido pela crítica, nem eu mesmo gostei muito, e olha que gosto muito do ator principal, Luke Wilson, além de dar boas risadas com Terry Crews, como sempre. 

Esse filme é uma história simples, exagerada e um pouco preconceituosa, fica uma sensação de besteirol fraco, estranho; assisti sem querer, mas um filme que me marcou profundamente em muitas coisas. A ideia básica do filme é que, na sociedade, humanos mais inteligentes optam por não ter filhos enquanto os menos inteligentes se reproduzem indiscriminadamente, criando gerações que se tornam cada vez mais burras e viris a cada século que passa. Criando assim um mundo cheio de idiotas.

Acho que é um daqueles filmes que com certeza vai virar CULT, se já não é um. 

Acha que estamos ficando cada vez mais idiotas? Vamos pensar em escutar uma música... nos anos 80 escutávamos música no vinil, nos anos 90 escutavam música no K7 ou CD (WalkMan, DiscMan), depois a geração MP3 usava Ipods e MP3Players, hoje temos Spotify com Alexa, é só falar... Alexa, toca Raul....

Pergunte uma criança o que é uma agulha de vinil? Ou o que é esperar horas para ver o desenho animado na TV... ou pegar o filme no final e nem saber o nome dele, só que estava na PARTE 5. Mas hoje tenho meu Youtube, minha loucura.

Desculpe qualquer erro no texto. Cordiais abraços. 

 


quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Medo de monstros? Medo da ciência?

 Medo de monstros? Medo da ciência?


Assistindo um desenho animado com meus meninos comecei a rir do que estava vendo. O desenho era referente a monstrinhos muitos fofos, cada personagem da animação era um monstrinho criança referente a um personagem da história ou da literatura clássica.

Cleo é a Cleópatra... Lobo é o Lobisomem, Drac é o Dracula e assim por diante.
Dei uma risadinha quando percebi que Frank era o nome do pequeno monstro referente ao "Monstro de Frankenstein".

Meu filho perguntou por que eu estava rindo e eu respondi que o nome Frankenstein era de seu criador (Victor Frankenstein) e não o monstro, daí o título "O monstro de Frankenstein". -Ah tá. Ele disse pouco importando para minha explicação.
Eu ri mais.

Não sei bem o motivo, mas fiquei pensando no medo da ciência dos religiosos, fiz uma associação do medo da ciência do final do século XIX e início do século XX e a atual retomada de dogmas e teorias sem nenhum fundamento. Em tempos que idiotas defendem que a terra é plana, a superioridade masculina, o criacionismo e promovem idéias homofóbicas, é algo valoroso pensar e relembrar algumas histórias. Bem, como estamos vivendo um mundo de alienados, vamos viajar pelo tempo para a alienação européia no início do século XX.

Nesse tempo novas idéia e tecnologias assustavam a população totalmente ignorante e desenformada, novas teorias quebravam paradigmas existentes das sociedades tradicionais católicas/protestantes. Esses medos e desconfianças foram um campo fértil dos grandes autores de clássicos da literatura mundial de suspende e terror. Nesse contexto cenários da Londres Vitoriana eram perfeitos para as criações dessas novas histórias. Aquele ambiente bem cherlock homes...

Nestes livros encontravamos a clássica figura do cientista maluco de cabelos grisalhos e despentiados, uma pessoa que vivia entre a loucura e a razão, sendo inconseqüente, maquiavélico e curioso. Inspirações de Sr. Hyde de "O Medico e Mostro" escrito por Robert Sterveson e Dr. Victor Frankenstein de "Frankenstein" escrito por Mary Shelley. Esse estereótipo ficou imortal é usado até hoje, vide Doctor Brown de "De volta para o Futuro" de Steven Spielberg.

Também existiam dois fatos: a fobia da fotografia ou pintura 'roubar' a alma/beleza de uma pessoa, e, ao mesmo tempo, o bizarro início do costume de bater fotos de pessoas falecidas para 'preservar' suas almas. Provavelmente uma inspiração do livro "O retrato de Dorian Gray" escrito por Oscar Wilde.

Nesta época novas espécies foram catalogadas e descobertas, surge a idéia do homem ser menos parecido com Deus (ou seria o contrario? -Risos-) e mais animal, acrescento o surgimento da teoria da evolução de Darwin. Inspirações da criação/resurgimento de monstros como vampiros (Drácula escrito por Bram Stoker), lobisomens, mostros de lagos e entre outros seres.

A popularização das mesas girantes em toda a Europa e o surgimento da codificação do Espiritismo na França, inspirações da criação de contos fantasmagóricos, bruxaria e de assombrações.

As descobertas de tumbas de faraós no norte do Egito revelando as belezas das culturas perdidas. Inspiração de contos de múmias e suas maldições.

Relativo a pesquisas da eletricidade, temos a clássica batalha de Thomas Edson defendendo a corrente continua e Nicola Tesla defendendo a corrente alterada. Edson promovia apresentações de eletrocuções bizarras de animais em praça pública, como cavalos e elefantes sendo mortos para promover a corrente continua e "provar" o perigo da corrente alternada. Inspiração da criação da execução por cadeira elétrica e do "O monstro de Frankenstein" de Mary Shelley, ou seja, se a eletricidade mata, ela pode conceder a vida?

Vivemos hoje a retomada do medo da tecnologia por uns, novos seres monstruosos surgem (Darth Vader, Coringa, Sauron, entre outros), mas a base da história e a mesma. Não podemos esquecer de Kevin e Sr. Vidro (Elijah Price), personagens dos filmes "Fragmentado" e "Corpo Fechado". Sempre indico filmes do mestre M. Night Shyamalan. Fica uma ideia: será que alguém já comparou os personagens Mr. Hyde e "A Besta" do filme 'Fragmentado'?

Para finalizar fica a pergunta. A sociedade ainda está alienada? Bem, não sei. Só sei que bons tempos eram quando os monstros eram apenas ficção e não realidade!

Desculpe qualquer erro no texto. Cordiais abraços. 

the last of us horse analisy