sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A Metáfora com Matrix



Após a catástrofe climática não é mais possível a obtenção de energia solar, as máquinas, então, utilizam a energia biolétrica humana, através de tubos ligados aos corpos dos homens aprisionados em casulos.
Os seres humanos vivem adormecidos, enquanto suas mentes sonham que vivem, nascem, morrem, convivem em família, comem, dançam, trabalham, estudam etc. Sensações e impressões de uma realidade simulada através de um programa de computador. O simulacro é a Matrix e o “sonho” se desenrola no final do século XX em alguma grande metrópole do planeta. O mundo virtual da Matrix em quase tudo se assemelha ao mundo em que vivemos na atualidade.
Na ficção de Matrix, o filme (dirigido pelos irmãos Andy e Larry Wachowski), há um grupo de homens livres que conhecem e sabem lidar com a tecnologia da máquina, conhecem toda a verdade e se rebelam contra ela.
Num dado momento do filme o líder dos rebeldes, Morpheus, fala ao hacker Neo: “– A Matrix é um mundo de sonho cujo propósito é nos controlar (...) Cada visão e cada cheiro na Matrix são produto do trabalho humano”.
Como uma obra de arte nos permite a liberdade de ver, proporcionando um vasto campo de interpretações e leituras, em Matrix podemos compreender que a humanização da máquina leva à desumanização do homem, à sua coisificação e reificação levados ao paroxismo.
 Momentos antes de delatar seus companheiros de resistência, Cypher fala ao agente Smith: “– Eu sei que este bife não existe. Eu sei que, quando coloco a boca, a Matrix diz ao meu cérebro que o bife é suculento e delicioso. Depois de nove anos, sabe o que percebi? A ignorância é a felicidade”.
Mesmo que Matrix, o filme, nos sirva de metáfora, ele não pretende convencer os espectadores a despertar e lutar contra os poderes exploradores, uma vez que não nos mostra o que a raça humana está perdendo enquanto fica ligada na Matrix.

Os humanos e máquinas vivem uma simbiose, e o mundo de sonho para onde Cypher quer voltar não parece tão ruim ao espectador.

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